Ingressou naquele aprazível T2 duplex e sentiu que ali pertencia. À esquerda uma elegante minicozinha, vulgo kitchenette e uma casa de banho. Contiguamente, a sala, móveis modernos e de linhas arejadas, levemente fustigados pela brisa que a vasta janela deixa couber. No topo da aprimorada escada aberta dois quartos entrecortados por uma moderna, imaculada e aromática casa de banho.
As paredes dos quartos são rasgadas por janelas largas, que se abrem para o bulício de uma cidade cosmopolitamente pacata. Que delícia debruçar-se naqueles alvéolos de vidro e fixar as luzes dos elegantes prédios que rodeiam o edifício. Na languida tarde as vozes das crianças a jogar futebol ecoam pelas paredes molhadas pela chuva miúda que não cessa. Descalços, os petizes saltam nos ringues e marcam golos imaginariamente milionários, chapinhando nas poças de água que por ali se acumulam.
A paz, verdadeira, sem obstáculos e repleta de amor e plenitude de cumplicidade, respira-se ali, invade os seres que habitam o espaço. Sim, mais do que para sempre, são-no e serão felizes em momentos eternos e permanentes, ad eternum…
