Requiem 2017
Não foste um bom ano. Desculpa a frontalidade, mas foi assim. Talvez tenhas nascido fadado para tal, talvez tenha sido o destino, talvez te tenhamos feito assim.
Houve momentos pérfidos a nível nacional, mundial e no nosso, meu, seu, “pequeno” mundo pessoal.
Trouxeste fogo, dilúvios, sofrimento, perdas irreparáveis e incompreensíveis.
Elevaste loucos a locais cimeiros de comando, gente que se arvora no que não é para comandar os nossos destinos.
Destruíste séculos de uma natureza livre, bela, capital para nós, nós, os que abrimos a porta, a escancarámos mesmo, a esta destruição.
Chegou ao fim o prazo de validade de relações, deste a conhecer “novas” pessoas, criaste ilusões, destruíste-as passados dias, meses, fizeste danos colaterais de amores, de perspetivas de amores, juntaste outros que serão felizes para sempre, enquanto esse sempre for durável e eterno.
Fizeste tudo isto, tu, 2017? Ou teremos sido nós, os que por cá andam, com as nossas escolhas maduramente ponderadas, com os nossos atos impulsivos, com as nossas necessidades e desejos momentâneos que escamoteamos de perenes? Foi como foi, já passou, estás a acabar.
E de mansinho espreita 2018. Prenhe de promessas, de 365 dias recheadinhos de novas aventuras, renovadas e provectas pessoas nossas, de recentes amores, possíveis desilusões também, sim, porque essas igualmente nos fazem crescer e nos constroem. Tudo, bom e mau, nos faz aquilo que somos!
E ela, esta pessoa que vos escreve, acredita sempre, encara o que passou e o que aí vem com um sorriso, mesmo nos dias que ele se esvai um pouco. Por isso, para todos, ela, para as suas pessoas, para quem a quer e para quem dela não gosta, para o mundo, para todo e qualquer um, que venha 2018, que venha mais um ano e muitos subsequentes, plenos, acima de tudo, de vida.
Adeus 2017, olá 2018, chega lá bem… e depressa! ;)