Perfeição!
Uma amiga dela escreveu um conto maravilhoso sobre a perfeição, retratada como alguém ou algo que fica invejosa quando os outros se esforçam para serem “o mais perfeitos” que conseguem.
A propósito desta ideia da perfeição e do que vai acontecendo por todo o lado, apeteceu-lhe escrever. Ela não é perfeita, longe disso. Mas no seu dia a dia esforça-se por ser correta, cumprir prazos, ser aprazível com os outros, gerir a sua vida com o mínimo de erro possível. Assim o fazem todos os outros. A questão é que há quem, por feitio, educação, personalidade ou falta dela, se sinta sempre mais perfeito que os outros, mais intocável, mais dono de toda a verdade, seja ela profissional ou pessoal.
A ela não lhe faz qualquer mossa que haja gente assim, desde que isso não a afete, que essas pessoas não queiram cobrir as suas falhas atirando-as para as costas dos outros. Quem se acha perfeito tem a total incapacidade de assumir as suas próprias falhas, deslizes, mesmo em coisas que nem têm grande importância, que não lesam ninguém e que seriam solucionáveis com um pouco de bom senso e humanidade! Mas não! Algumas destas pessoas gostam da vitimização, de repisar, de chamar a atenção para quem errou, independentemente de também já o ter feito! Enfim, a ela isto irrita. Mas não cede à tentação de agir da mesma forma quando vê, sabe e até dá a devida importância, ou seja, pouca ou nenhuma, aos erros que sabe que gente dessa cometeu. E, após alguma irritação inicial, naturalmente humana, ela até esquece. Melhor assim, cada um que fique com as suas ideias, as suas verdades e as suas atitudes, que, essas sim, nos retratam melhor que tudo!