Nós humanos falamos, pronunciamos sons, sílabas, palavras, frases. Somos o único animal que comunica desta forma.
Há quem verbalize pouco mas diga muito e há quem fale muito, comunicando pouco. Falamos sobre tudo e nada, dizemos o que nos vai na alma, ou aquilo que naquele momento a alegria, a tristeza, a desolação, a euforia, o desalento ou o ânimo nos impelem a exprimir. Há palavras que dizemos sem o querer, outras que lutam para sair e não o conseguem. Há momentos certeiros, outros em que “falamos demais”, momentos em que valorizamos o que somos ao proferir sentimentos, outros que parecem reduzir o “valor” que havíamos adquirido porque somos duros a julgar, rápidos no gatilho da crítica, no sentenciar das vivências dos outos.
E depois há momentos em que aquilo que proferimos também nos fere a nós. Não devíamos ter dito aquilo, não fui justo, afinal não sou a pessoa que achava. E assim tornamo-nos duros num julgamento em causa própria.
É assim, realmente a palavra é, por vezes, uma arma, noutras uma benesse, pode ser um dom, ou ainda um malefício. Mas é sempre necessária em todas as suas formas, seja falada, cantada, desenhada, escrita, visionada, direta ou subentendida. E usá-la ajuda a clarear a mente, mesmo quando mal usada.
E porquê tantas palavras sobre o tema? Porque ela gosta de escrever, tanto quanto de falar, e ao cogitar nisto quis verbaliza-lo. E fê-lo!
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