Num anelo de evasão maginou jornadas. Perdeu-se por caminhos empedrados, ruas ladeadas de casas rústicas e arvoredo frondoso, margens de ribeiros gelados e translúcidos, cidades recheadas de bulício e crepitantes de gente ávida de vida rápida e excitante. Sentia-se envolvido na atmosfera daqueles locais longínquos, onde era incógnito, inexistente, onde se estava bem por isso, por se ser gritantemente transparente.
Acordou em frémito, estranhamente relaxado e pronto para a vida. Ao levantar-se não sentiu a queda do passaporte colocado minuciosamente na mesa-de-cabeceira, ao lado dos sonhos, e viveu!