Dia de Portugal, Camões e das comunidades portuguesas!
O português, qualquer português de gema, tem algures nos seus genes aquele toque de inequívoca fatalidade, seja ele denominado por fado ou por destino.
Vamos estando felizes onde estamos, que remédio! Contentamo-nos com o que podemos fazer nos tempos livres, já é bonzinho! Acatamos as férias que podemos ter, pelo menos não estamos a trabalhar! A vida está má, os ordenados são baixos, há crise, mas lá vamos vivendo brandamente o dia-a-dia! Nunca dizemos que estamos bem ou mal quando nos perguntam como estás? Vamos sempre andando… e se nos derem azo lá desfiamos o nosso pequeno ou grande rosário quotidiano, terminando quase sempre com o conhecidíssimo é a vida!
Nem todos são assim, claro, isto são generalizações. Há quem por cá, como em todo o lado, se esforce por fazer diferente, por cumprir vontades e desejos, quem pense sempre que merece mais e melhor e por isso lute, o que também, de forma estranhamente antagónica, está na essência do ser português!, e inevitavelmente traz alguma frustração.
Hoje, Dia de Portugal, Camões e das Comunidades Portuguesas, além de todas as condecorações e fanfarras e descanso merecido num feriado que não foi (ainda) aniquilado, devíamos pensar em fazer mais, em não nos conformarmos com o que há, com o que pode ser… tendo sempre em mente, obviamente, os limites daquilo que nos é possível! Estamos, no entanto, aquém dele, do limite… é o que ela acha, pelo menos!