Frequentemente a malfadada rotina leva-nos a olvidar aquilo que nos levou a desejar ser bombeiro, bailarina, policia, gestor ou, no caso dela, professora. Hoje, numa manhã de chuva, mesas húmidas e salas apinhadas de crianças, teve alguns daqueles momentos que trazem à tona razões adormecidas
Uma aluna lacrimosa por ter uma progenitora que voltou ao país que alberga a sua emigração, por aqui não poder subsistir, e que se reconfortou um pouco com as palavras e atenção que ela lhe deu; uma turma de meninos de 10/11 anos que se uniu para confortar a colega triste; tocar para o final da aula e alguém exclamar lá de trás: Já?; uma aluna de outra turma, com um desenho lindo na mão, que outra fez para a professora, oferecer-lho, com a devida explicação dos diversos elementos desenhados…
Eles são barulhentos, saltam e cabrioleiam, mas aprendem, matérias e valores, e em momentos não tão fugazes mostram que vale a pena ser aquilo que se sonhou ser. E no minuto seguinte lá ralhamos a outro que fez qualquer outro disparate! É isto...
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