Amor...

24-04-2016 21:47

    Esta semana ela reviu o filme “O Paciente Inglês”. Não há paciência para ver tanta novela e programas onde gente procura o amor verdadeiro, numa casa onde, em modo zapping, a única coisa que ela viu foi gritaria, linguagem vulgar e agressões, bem como corpos particamente nus numa duvidosa primavera lusa. Abençoados canais de cabo, quando dão o que nos agrada ver.

    Voltando ao Conde Almásy e à sua paixão incontrolável pela esposa de um companheiro de aventuras, Katherine. É um drama sim, mas com momentos apaixonantes e apaixonados, em que o desejo se desenrola pela atração mas também pelo contar de histórias, pela leitura de livros. Um desfigurado conde é tratado desveladamente por Hana, enfermeira militar. Durante esse tempo ele vai desenrolando o rosário da sua paixão adulteramente correspondida.

    Passado em África, nas quentes areias do deserto, este filme revisto fê-la recordar-se de um dos filmes da sua vida, “África minha”. Também o retrato de uma paixão proibida, alimentada por uma condessa altamente capaz na arte de contar histórias, com o cenário de uma África mais viva, verde e repleta de animais, Quénia.

    Nos dois filmes imagens e frases épicas sobre o amor eterno e suas juras, cenas sensuais de sexo não moralmente aviltante, para o pequeno ecrã, e banhos. Quem não recordará a deliciosa cena em que um jovem Robert Redford, Denys Finch Haton, lava os cabelos rebeldes e repletos de areia e sol de Meryl Streep, no papel de Karen Blixen.

    Ainda bem que há filmes assim, onde, mesmo com uma terrível carga dramática à mistura, o amor, a partilha de almas que se desejam e amam de verdade, aparece espelhado numa história bem narrada. Que sejam, sejamos, todos felizes assim, como nos filmes! Na sua parte boa, claro! 

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