Hoje em conversa com uma amiga recordou algo sobre o inexorável desenrolar do tempo, sobre a idade! Em miúda fazia as contas e quando se apercebia que no ano 2000 teria 27 anos achava: Credo vou ser tão velha! Já passou os 27, 30, 40… e não se sente assim.
Em tempos idos sim, as pessoas, mulheres principalmente, eram velhas, carregavam o peso de uma vida dura nos ombros, vida desprovida de horizontes que não fossem os daquilo que a vista alcançava.
Hodiernamente muita gente fica em casa dos pais até aos tais 27, outros não ficam mas a presença deles é notada, auxiliam em tudo o que podem e o que não podem. As pessoas cuidam-se, os horizontes desafogaram e os objetivos de vida são diferentes. Há sonhos, há o querer fazer mais, o não contentar-se com tirar o curso, com ser mestrado, doutorado!
Ela é daquelas que sonha, quer fazer coisas… nos últimos anos, depois dos 27, viveu muitas experiências que nunca pensou viver, realizou sonhos, conheceu pessoas e realidades novas, visitou países. Não, a idade não a assusta!
O passar do tempo sim, por vezes desassossega… inquieta pensar que há muito que fazer, que há pessoas que quer ver crescer, que há sentimentos que se querem usufruir…
Não, aos 30, 40, 50, 60, não somos velhos! Somos aquilo que de nós fizemos, aquilo que as nossas escolhas desenharam para nós, aquilo que lutamos ou não para ser! Ela hoje lembrou-se disto!